“RIO +20 CENÁRIO PARA O SONHO”
O título acima constitui a reportagem de capa da revista Planeta, edição 474, que nos remete a uma série de questionamentos: “O futuro que queremos” é apenas UM SONHO? Todas as propostas oriundas da Eco92 ficaram apenas no discurso ou aconteceram avanços? Onde a ESPERANÇA?
A reportagem gira em torno da realização do RIO+20, que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, de 11 a 24 de junho, em vários pontos da cidade, após decorridos 20 anos, desde a Eco92. Inúmeras atividades organizadas ela ONU, pelo governo brasileiro, pelo governo estadual do Rio de Janeiro, pela Prefeitura da cidade sede, pela sociedade civil, por educadores, pelos empresários e pela comunidade científica, serão realizadas para tratar do desenvolvimento sustentável, envolvendo as questões não só ambientais, como também, sociais, econômicos, de governança, entre outros. Dois grandes temas estarão na pauta do encontro: a transição para uma economia verde socialmente inclusiva e uma reforma da ONU para a criação de um novo órgão, A Organização Mundial do Meio ambiente (Omma).
Na matéria questiona-se se é possível salvar a RIO+20 de um “retumbante fracasso”, uma vez que se vislumbra um cenário hostil a investimentos verdes e novos impostos:
“... ativistas, diplomatas e empresários tentam negociar uma declaração final do evento que contenha uma agenda mínima para acelerar a transição rumo a uma economia verde. O bonde da utopia precisa avançar.”
No entanto, se por um lado, constatamos de que muitos dos acordos firmados na Eco92 tiveram poucos avanços, principalmente por parte das grandes economias (leia-se os países ricos), por outro lado, não podemos deixar de perceber o aumento da atuação do ativismo pela sustentabilidade. O tema está presente nas escolas, governos, institutos de pesquisa e empresas. Esse movimento é considerado pequeno diante do tamanho do problema, mas são sementes para mobilizações maiores ou ações mais contundentes.
Interessante observarmos os dois gráficos que constam na reportagem:
O QUÊ PIOROU? Mas também houve avanços :
Vale ressaltar que os milhares de ativistas que estarão presentes na Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental terão como bandeira o combate à desigualdade social.
"Não adianta só esverdear a economia com tecnologia e energias renováveis. O sucesso da Rio+20 estará em obter um compromisso contra a desigualdade que se reflita até no próprio funcionamento dos mercados", adverte Ricardo Abramovay, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP.
Consideramos extremamente importante o combate à exclusão social e à desigualdade social a fim de que se eleve o nível das consciências e da preservação dos recursos que dispomos no planeta.
José Alberto Gonçalves Pereira. RIO+20, Cenário para o sonho. Revista Planeta. Ed. 474.